segunda-feira, 25 de junho de 2012

Série Gestão de Riscos em Grandes Eventos - Colaboração, Integração e Determinismo

Participar de um grande evento é sempre oportunidade de aprender. No caso da Rio+20 as novas tecnologias (tablets, smartphone, wifi em todo o evento, ...) foram importantes para a gestão de riscos. Centenas de membros da organização, entre diplomatas, militares e prestadores de serviço, utilizaram aplicações em equipamentos móveis, SMS e email para encaminhar ocorrências para a Sala de Gestão Integrada de Riscos. Além de servir para atender a quem remete a ocorrência, esta prática permite classificar o perfil do modelo de riscos.

A gestão de riscos é uma ciência não-determinística, que trata com o imponderável, este tipo de colaboração traz o imponderável para dentro da sala e otimiza o tratamento dos riscos. Não é a toa que a ISO 31000 define risco no mundo todo como "o efeito da incerteza nos objetivos".

O mapa a seguir mostra o conjunto de ocorrências encaminhadas pelas equipes que trabalharam na Rio+20 (são as equipes operacionais e táticas, e não pessoal de gestão de riscos), estas informações mostram a importância da integração e colaboração na gestão de riscos.


Esta imagem é de um dos painéis que apareceram na Sala de Gestão Integrada de Riscos, e mostra claramente os pontos mais relevantes para a gestão de riscos, uma vez que estes dados foram encaminhados espontaneamente pelas equipes. Dá para ver uma concentração no Aeroporto Galeão; no caminho que as 293 delegações percorreram; na Zona Sul onde a maior parte dos delegados ficaram hospedados; e no Riocentro, onde ocorreu o evento. As manchas permitem análises interessantes e são muito úteis para a gestão de riscos, um exemplo é na confluência entre a Av das Américas e a Av Ayrton Senna, região onde há alguma retenção e o motorista escolhe o caminho que fará para o Riocentro. Este foi o perfil do evento, caso houvesse acontecimentos que impactassem a Conferência como o uso de rotas alternativas, o aumento da hospedagem em outras cidades ou expansão da negociação para mais dias, com certeza isso seria visto na mancha do mapa.

As informações encaminhadas foram as mais variadas e ajudaram na pronta resposta e na gestão dos riscos. Como escrevi em posts anteriores, não gosto de chamar isso de "gestão de incidentes", mas seguir o caminho da ISO 31000 que começa com a gestão de eventos (ocorrências e mudanças), sendo que um evento classificado pode se tornar um incidente e um incidente classificado pode tornar-se uma crise.

Nos próximos dias estaremos comentando mais alguns aspectos deste que foi um dos maiores eventos da história da ONU.

Ficamos à disposição.

Aquele abraço,

FNery




sábado, 23 de junho de 2012

Série Gestão de Riscos em Grandes Eventos - Rio+20

Amigos,
Este sábado concluímos a fase de operação no Riocentro do projeto de implementação da Sala de Gestão Integrada de Riscos da Rio+20, o primeiro grande evento da série que acontecerá no Brasil até as Olimpíadas 2016. Foi um grande orgulho apoiar o projeto e acompanhar de perto o grande trabalho realizado pelos governos federal, estadual e municipal para permitir à ONU fazer no Basil um dos maiores eventos de sua história.




Fomos contratados pelo CNO - Comitê Nacional de Organização para implementar a Gestão Integrada de Riscos que tratou de temas diversos, desde ataques cibernéticos à chegada dos chefes de estado. O projeto foi realizado utilizando a ISO 31000 como referência. É sempre bom poder ajudar e poder se relacionar com gente competente e trabalhadora para também aprender durante o projeto.
Durante a semana vou publicar posts curtos com reflexões sobre o que a gestão de Riscos na Rio+20 pode nos trazer de aprendizado.
Aquele abraço,
Fnery
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